quinta-feira, 7 de junho de 2012


Seres (des)humanos...


Vejo crimes em todos os lugares.
Dos mais diversos acontecimentos sempre há sangue e lágrimas a escorrer.
Colocam rostos estampados de ódio e marcas que a vida deixou sem cicatrizar nos jornais e revistas.
Vejo crianças caídas nas calçadas, a pedir e implorar por algo que vá tirá-las dali.
Vejo velhos corpos atingidos pelo descaso de jovens delinquentes sem berço.
Animais corroídos pela chaga do abandono e tristeza de saudade de quem um dia eles cuidaram e protegeram.
Pessoas que passam pelas ruas e geram vitimas do mal uso de suas maquinas automotivadas devendo cuidar de todos os problemas e caos mundiais mas matando e deixando pela metade familias e vidas...
A praga humana, a vida nômade que pensa mas não raciocina..
Os passos de sangue de quem mata e vive ao seu lado, que cuida dos teus filhos e passa por vc na rua.
O sorriso de quem esconde a vontade de exterminar o próximo.
A mão de quem ontem deu um tiro em direção aquele que ele disse mais amar no mundo.
Os crimes dos seres de Deus.
Os filhos de quem um dia nos deu a vida...
Raça que não sabe conviver com eles mesmos e nem com os outros ao redor..
São bichos que não conseguiram evoluir totalmente ainda..
Por fora eles sorriem, por dentro te matam de forma fria e covarde.
Espécie tão deformada e incapaz de construir a paz.
Época de caos ambiental, humano e existencial..
Difícil chegar aos tão falados milhares de anos mais tarde, nossa tão pensável, inteligente e racional forma de vida destrutível que só pensa em acumular fortunas e terras para agricultura, sem pensar no que vai deixar para as suas futuras gerações...
Pq além de tudo, ainda é egoísta e fútil, assassina, covarde e despreocupada com qualquer outra vida que não seja a que existe dentro de si mesmo!

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Papel colorido...


No silencio de um olhar, na melodia de uma musica..
Me escondo dos olhares perturbados e perturbadores das multidões desvairadas e enfurecidas pelo euforismo sem sentido que as noites trazem...
Sim, me escondo dos pensamentos que me atingem e me enlouquecem a alma tão sensível..
Quando os minutos não me permitem eu me escondo dentro de mim mesma, onde só meu ser tem acesso às informações vividas e pensadas..
Mas não bastante eu tenho que me desviar dos animais do caminho..
Das sombras da estrada e das pedras que não param de aparecer...
No silêncio de uma lágrima encontro motivos para parar toda uma vida e procurar motivos em páginas rasgadas pelo tempo...
Tudo tão envelhecido pelo sereno e pelo sol ... tudo tão opaco e sem brilho, perdido entre tópicos infelizes de uma existência exausta e indesejada...
Nada que não possa ser arrastado por mais alguns anos de arrependimento em vida...
Capítulos e mais capítulos sem roteiro, sem títulos, apenas escritos pelas mãos de quem não queria delinear letras e frases ...
Sentidos contorcendo em meio letras garranchosas e molhadas de um querer tão limitado e inútil...
Foi assim até a ultima letra ser colocada num papel colorido..
Era colorido de mais pra tanta letra de cor parda e sem capricho...
Era cor para se fingir felicidade..
Uma tática pra tentar se mudar um destino, escrever em um papel colorido o que se deseja ter na vida...
A felicidade ficou de fora, era pouco papel para tanto sentimento, ela não foi junto .. 
Foi esquecida e colocada de fora, e assim todos os outros deixaram de existir...
Pois seu maior desejo não podia ser colocado em um papel e sim colocado em vida...
De dentro para fora, não pôde isso fazer, pois não tinha outro sentimento à expressar ao invés da temida e amargurada tristeza que vivia em sua alma, emaranhada a sensações e complicações vividas que cada cair de fio de cabelo, cada passo, cada marca no rosto lhe causava..
Ela deixou o tempo passar, as coisas acontecerem e se acabarem, perdeu e ganhou lutou e não venceu ... mas continuou se escondendo e guardando seu papel colorido na esperança que um dia a palavra felicidade caiba naquele pedaço de papel tão lindo que ela havia escrito e planejado para guardar aquilo que ela mais almejava: A Felicidade!
Querer destruir o outro, é querer para si a auto destruição!

Loucura...



As vezes fazemos tanta loucura na vida que ficamos nos perguntando se não estamos entrando na rota da insanidade ...
Mas do que seria a vida sem um pouco de loucura, sem essa pitada de ânimo que nos faz ter histórias pra contar..
As vezes histórias tão malucas que nem podemos passar para frente, apenas lembrar e sorrir, ou lembrar e chorar ... porque é assim nem sempre fazemos tudo certo e nem sempre da pra ser errado.
Tudo que podemos fazer é viver com gosto, caindo e levantando, errando e acertando ... praticando insanidades diárias...
Eu só penso que uma hora serei diagnosticada como louca inconsciente, mas não me mandem pra nenhum hospício porque o que amo é poder fazer minhas loucuras dentro do mundo em que vivo.
Aqui eu posso tudo que não me vá custar a liberdade...
Tudo que me faça feliz e me divirta...
Tudo que na minha vida irá dar o gosto cítrico que me faz fechar os olhos e sentir a sensação de ter sabor na vida!