Não me olhe nos olhos Não quero ter minha alma desbravada Tudo que guardo dentro de mim é para não sair mesmo São pedaços de decepções Migalhas de tristeza Partículas de raiva e pétalas de amor Mas muitas fagulhas de esperança Nada tão diferente.. Mas tudo tão meu Tudo escondido e cuidadosamente camuflado Não quero ninguém me despindo o íntimo Olhar nos olhos é desnudar uma alma É ver a dor e a alegria que trazemos por dentro Não me abro para todos Poucos são os que me conhecem aos olhos dos meus olhos Por isso as vezes ando de cabeça baixa Não é tanto por tristeza Nem tanto por estar mal... É apenas uma forma de me proteger Dos olhos do descobrimento Do mal dos outros Da vontade de me conhecer e só eu Quando te conhecem tão bem Há esse é o momento de ficares nas mãos do outro Esconde, esconde de tudo e de todos o seu eu Se guarde Porque nem todo mundo tem essa vontade de te fazer bem Nem todo mundo te quer com asas e soltando o pólen do que te faz bem.